O veículo espacial ExoMars da Agência Espacial Europeia (ESA) e a plataforma russa de ciência de superfície estacionária têm lançamento programado para Julho de 2020, com chegada prevista a Marte em Março de 2021.
O ‘Trace Gas Orbiter’, que está em Marte desde Outubro de 2016, actuará como uma estação de retransmissão para a missão, bem como realizará a sua própria missão científica.
Escolher o local de aterragem do robô é um processo exigente e demorado, porque não só deve ser interessante cientificamente, mas também seguro de um ponto de vista da engenharia.
O ExoMars é capaz de extrair amostras a profundidades de 2m. Isto é crucial, porque a superfície de Marte é um lugar hostil para organismos vivos devido à severa radiação solar e cósmica. Ao procurar no subsolo, o veículo terá mais oportunidades de encontrar evidências preservadas.
Do ponto de vista da engenharia, o local tem de ser baixo e não deve conter características que possam pôr em perigo a aterragem, como crateras, encostas íngremes e grandes rochas.
Verificar que todos esses requisitos são atendidos requer muitos especialistas e muitos anos. Neste caso, iniciou-se em 2013, com oito propostas apresentadas e posteriormente seleccionados apenas quatro locais em 2014.
No final de 2015, tinha sido recomendado um local – Oxia Planum – como o foco principal para uma avaliação mais detalhada, com dois outros locais retidos para discussão numa data posterior. Essa data chegou, e os especialistas vão esta semana decidir se será a região Aram Dorsum ou Mawrth Vallis que também será apresentada para um estudo mais detalhado.
Após a decisão, será publicado um anúncio na página web da ESA. A confirmação do local de aterragem principal e o local de reserva ocorrerá apenas cerca de um ano antes do lançamento.
Via Agência Espacial Europeia (ESA).
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